terça-feira, 13 de maio de 2014

O sono e nossas escolhas alimentares...

Dormir é importante né? Uma noite bem dormida faz com que nosso dia seja mais produtivo porque ficamos mais bem dispostos!!
 

Mas sabia que o sono também interfere nas nossas escolhas alimentares?
 
Aí vai mais um estudo super recente que fala sobre isso...
 
Este foi um trabalho americano realizado com os dados obtidos pelo Estudo Nacional da Saúde do Adolescente (Add Health), com 13.284 mil adolescentes e jovens adultos norte-americanos ao longo do período de 1994 a 2008.
 
Eles viram que quando as pessoas dormiam menos de 7 horas por noite havia 25% mais chances dessas pessoas não consumirem a quantidade adequada de vegetais e frutas ao longo do dia e cerca de 20% mais propensão a comer fast food quando comparados com aqueles que dormiam mais que 8 horas por noite e até mesmo após o ajuste das análises para fatores comportamentais / demográficas e sociais. 
 
Desta forma, eles concluíram que as escolhas alimentares estão significativamente associadas com a duração do sono e podem desempenhar um papel importante na saúde desses adolescentes a longo prazo.
 
Mas por que isso acontece?
 
O que os estudos sugerem é que a duração do sono curto e a má qualidade do sono estão associados com a alteração dos níveis de hormônios que regulam nosso apetite (como a leptina e a grelina) e que, portanto, alterações do apetite devido a mudanças nesses hormônios podem afetar as escolhas alimentares e de tomada de decisão de que alimentos consumir ao longo do dia, tanto em termos de qualidade quanto de quantidade dos alimentos a serem consumidos ao longo do dia.
 
Não é a toa que dormir de forma inadequada às nossas necessidades está relacionado com uma ampla gama de efeitos negativos na nossa saúde, incluindo a obesidade, diabetes tipo 2, doenças cardíacas e alguns tipos de câncer.
 
Então vamos melhorar essa situação... procurar dormir melhor... dormir bem... planejar nossas horas de sono, mesmo com a rotina maluca em que vivemos!
 
Precisamos cuidar bem da nossa saúde e da nossa qualidade de vida e com certeza, para isso ser possível, precisamos dormir bem!
 
Bons sonhos!!
 
REFERÊNCIA UTILIZADA:
Allison K. Kruger, Eric N. Reither, Paul E. Peppard, Patrick M. Krueger e Lauren Hale. Do sleep-deprived adolescents make less-healthy food choices? British Journal of Nutrition (2014), 111, 1898–1904.
 

domingo, 4 de maio de 2014

Falando um pouquinho sobre o Magnésio e seu papel na nossa saúde

Pessoal, escutamos muito por aí sobre a importância de comer verduras, legumes, frutas e alimentos integrais... dizemos isso porque existem vários benefícios que são documentados!
 
Cada um desses alimentos possui uma série de componentes que trazem benefícios à nossa saúde!!
 
Hoje venho trazer um exemplo sobre isso... hoje vim trazer uma pesquisa super recente que foi publicada falando a respeito do Magnésio, um mineral essencial que é encontrado em abundância nos cereais integrais, vegetais de folhas verdes, legumes e nozes e castanhas!!
 
Por que ele é importante?
 
Só pra começar é importante saber que o magnésio está envolvido em uma série de reações metabólicas. Cerca de mais de 350 sistemas enzimáticos dependem da presença de magnésio para acontecerem adequadamente.
 
Por ser tão importante para nosso organismo, a ingestão inadequada de magnésio tem sido relacionada a vários efeitos negativos na nossa saúde, incluindo os relacionados processos metabólicos e inflamatórios, como hipertensão, síndrome metabólica, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, osteoporose e alguns tipos de câncer (por exemplo, cólon, mama).
 
A quantidade de magnésio que se recomenda ingerir ao dia de acordo com a RDA (Recommended Dietary Allowances) é de 400 a 420mg para homens adultos e de 310 a 320mg para mulheres adultas.
 
Contudo, para se ter idéia, de acordo com uma pesquisa conhecida como NHANES (a abreviação de National Health and Nutrition Examination Survey) realizada entre os anos de 1999 e 2000, cerca de 60 % da população dos Estados Unidos consumiram poucas quantidades desse mineral.  No Brasil essa ingestão também é inadequada em grande parte da população adulta, sendo que um estudo realizado observou um consumo médio de 279mg/d de magnésio para homens e mulheres adultos.
 
O que trago de novo hoje é uma meta-análise e revisão sistemática que quis resumir quantitativamente a associação entre a ingestão de magnésio na dieta com a quantidade de proteína C-reativa (PCR) no sangue da população em geral.
 
Mas o que é essa tal de PCR??
 
Ela é uma proteína que é considerada como um marcador de inflamação crônica. E a inflamação crônica, por sua vez é um fator de risco para várias doenças crônicas, como as que a gente falou no começo desta matéria.
 
E o que o Magnésio tem a ver com isso?
 
O magnésio ingerido de forma adequada pode reduzir os níveis de PCR e consequentemente a inflamação crônica e pode diminuir a ocorrência de distúrbios metabólicos e de doenças.
 
E, em resumo, os resultados desta meta-análise e revisão sistemática indicaram o que já prevíamos... ou seja, que a ingestão adequada de Magnésio está associada com menores níveis de PCR no sangue, mostrando o potencial efeito benéfico da ingestão adequada de magnésio sobre o risco de doenças crônicas que pode ser explicado, pelo menos em parte, pela inibição da inflamação. 
 
Vamos prestar mais atenção na nossa alimentação???
 
Para ter os benefícios de um consumo adequado de magnésio procure um Nutricionista para te ajudar!!
 

 
 
REFERÊNCIAS UTILIZADAS:
D T Dibaba, P Xun and K He. Dietary magnesium intake is inversely associated with serum C-reactive protein levels: meta-analysis and systematic review. European Journal of Clinical Nutrition (2014) 68, 510–516; doi:10.1038/ejcn.2014.7; published online 12 February 2014
Yuyama LKO, Rocha YR, Cozzolino SMF. Composição química e percentual de adequação da dieta regional de Manaus, AM. Acta Amazônica. 1992; 22(4):587-93.
 
AMORIM, Aline Guimarães  and  TIRAPEGUI, Julio. Aspectos atuais da relação entre exercício físico, estresse oxidativo e magnésio. Rev. Nutr. [online]. 2008, vol.21, n.5, pp. 563-575. ISSN 1415-5273.