sábado, 29 de junho de 2013

Terceiro Mês de blog

Isso aí, galera!
 
Mais um mês de blog e para comemorar mais um vídeo indicado!!
 
"Todo homem tem direito ao acesso permanente à água e à alimentação adequadas, em quantidade e qualidade suficientes, que lhe permitam uma vida digna e saudável. Apesar disso, o Brasil ainda luta para superar deficiências graves nesta área, em especial no que se refere ao histórico problema da fome."
 
Você sabe como anda nosso país...? Que tal olharmos mais para a realidade?
 
Recomendo muito este vídeo! Confiram!!


DOCUMENTÁRIO: POR UMA VIDA MELHOR

 de Thereza Jessouroun, realização de CECIP, CESE e IBASE



 

domingo, 23 de junho de 2013

A importância da água e a desidratação

A vida na Terra evoluiu como uma consequência da presença de água, afinal praticamente todas as formas de vida conhecidas dependem da água para a sobrevivência.
Mas você sabe porque a água é importante? Você sabe o que ela faz??
A água tem MUITAS propriedades que são indispensáveis para o bom funcionamento das nossas células...
... Ela serve para uma variedade de funções no corpo humano, incluindo um papel essencial na digestão, absorção e transporte de outros nutrientes, a formação e estabilidade das estruturas celulares, a remoção de resíduos e toxinas, tal como um solvente para as reações bioquímicas, termorregulação do corpo humano, lubrificação de cavidades e de articulações.
A distribuição de água corporal depende de vários fatores, destacando-se a idade, o sexo e a quantidade de gordura corporal. Esta última associa-se inversamente à quantidade de água no organismo.
 
Tabela 1 – % de água corporal por idade e sexo
 

Idade e Sexo

% de Água Corporal Total (Valores Mínimos e Máximos)

Até 6 meses

74 (64-84)

6 meses a 1 ano

60 (57-64)

1 a 12 anos

60 (49-75)
   

Homem
 

12 a 18 anos

59 (52-66)

19 a 50 anos

59 (43-73)

> 50 anos

56 (47-67)
   

Mulher
 

12 a 18 anos

56 (49-63)

19 a 50 anos

50 (41-60)

> 50 anos

47 (39-57)

Fonte: Altman (1961)
 
É importante saber que podemos perder a água facilmente, através da urina, das fezes, da sudorese e da respiração.
Quando perdemos água em excesso e não repomos de forma adequada podemos levar nosso organismo à desidratação, que pode ocasionar efeitos na nossa saúde.
A desidratação leve, caracterizada por perda de até 3% do peso corporal está associada com diminuição do rendimento físico. Já uma perda de 3% a 6% do peso corporal (desidratação moderada) gera prejuízo da termorregulação e pode ocasionar o aparecimento de cãimbras. Uma desidratação sereva, com uma perda maior de 6% do peso corpóreo pode gerar consequências graves, tais como convulsões, coma e até levar à morte.
Destaco aqui alguns outros efeitos que é importante conhecermos...
Uma desidratação leve constante leva ao processo de concentração de urina (deixa a urina mais amarelada), induzindo alterações morfológicas e funcionais no rim, favorecendo, a longo prazo, a ocorrência de infecções do trato urinário e de cálculos renais.
Além disso, a desidratação provoca uma diminuição da secreção salivar e também pode levar à constipação intestinal (deixar o "intestino preso"), pois interfere na consistência das fezes e na ação das fibras na formação do bolo fecal.
Percebe-se, ainda, que a desidratação leve já é capaz de gerar alterações nas funções cognitivas, diminuindo a atenção, memória, concentração, podendo gerar até mesmo um estado confusional.
Uma prova disso tudo e de como a água é importante para nosso organismo, são os sintomas que a desidratação ocasiona. A sede, o cansaço, a sensação de aumento da temperatura corporal, a dor de cabeça, as náuseas, alterações visuais, dentre outros vários sintomas, podem ser sinais de alerta que o seu corpo dá para você perceber que PRECISA TOMAR ÁGUA!
 
E aí...
Fica a dica!
 

 
Referências Bibliográficas:
Tales de Carvalho; Lourenço Sampaio de Mara. Hidratação e Nutrição no Esporte. Rev Bras Med Esporte vol.16 no.2 Niterói Mar./Apr. 2010
Stavros A. Kavouras, Costas A. Anastasiou. Water Physiology - Essentiality, Metabolism, and Health Implications. Nutrition Today, Volume 45 _ Number 6S _ November/December, 2010
Marquezi, M.L. & Lancha Junior, A.H. Estratégias de reposição hídrica: revisão e recomendações aplicadas. Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, 12(2): 219-27, jul./dez. 1998
Hamilton, S. Detecting dehydration and malnutrition in the elderly. Nursing 2001; 31 (12): 56-7;
MJ Arnaud, Mild dehydration: a risk factor of constipation? Eur Jour Clin Nutr (2003) 57, Suppl 2, S88- S95

sábado, 15 de junho de 2013

E as dietas que "tiram os carboidratos" e tem muita proteína?

Depois do ultimo post perguntas surgiram...
Uma das perguntas que mais foi feita foi sobre como a dieta que prioriza ingestão de bastante carne (proteínas) e que corta os carboidratos funciona e é por isso que estou aqui hoje, para mostrar para vocês o que acontece de verdade dentro do nosso corpo...
Então, vamos lá!
Dietas com altos níveis de proteína, pobre em carboidratos (como por exemplo a mundialmente conhecida como dieta Dr. Atkins) são populares e controversas ao mesmo tempo.
Por terem muita proteína e pelas principais fontes proteicas geralmente serem acompanhadas de elevado teor de gordura, estas dietas acabam tendo grande chances de também serem extremamente ricas em gordura e oferecendo opções de alimentos muito limitadas, pois, muitas vezes grupos alimentares inteiros, até mesmo as frutas e os vegetais, acabam sendo eliminados.
Como esse tipo de dieta funciona???
Através de um processo chamado cetose.
Ou seja, com esses tipos dietas, a produção de corpos cetônicos é essencial para perder peso, mas não para uma alimentação saudável!
Quando o corpo está carente de carboidratos (que é a fonte de glicose, o principal combustível para várias regiões do nosso corpo como, por exemplo, o cérebro), ele queima suas reservas de gordura para tentar gerar o combustível de glicose que está em falta no organismo...
 
... E o subproduto da degradação dessas gorduras são os corpos cetônicos... daí o processo de cetose que falei.
... Quando os corpos cetônicos são produzidos em EXCESSO, como nesses tipos de dietas, os rins têm que trabalhar mais para filtrá-los.
Desta forma, o corpo se sente “carente” em combustível e energia para suas atividades e, assim, o metabolismo vai ficando mais lento.
Um outro aspecto relevante é de que quando comemos muita proteína nos sentimos mais saciados, contribuindo para um menor consumo de calorias totais.
Contudo, essa grande ingestão de proteínas gera também inconvenientes e pode vir acompanhado de deficiências de nutrientes!
O subproduto do metabolismo das proteínas é o nitrogênio e a excreção muito elevada de nitrogênio pode danificar os rins...
A ingestão excessiva de proteínas também pode aumentar a produção de ácido úrico, o que está associada à gota e à presença de cálculos renais.
Além disso, como essas dietas são pobres em carboidratos, faltam alguns nutrientes essenciais para nosso organismo.
Estudos revelam que estas dietas acabam muitas vezes sendo carentes em vitaminas e minerais.
Essas dietas também podem aumentar os níveis de colesterol por causa do aumento do consumo de gorduras e diminuição da ingestão de fibras, aumentando, a longo prazo, o risco de doença cardíaca, acidente vascular cerebral, e diabetes.
Mas daí vem uma outra observação feita por uma das leitoras deste blog: "a dieta sem carboidratos faz a gente perder peso mais rápido"
Vamos falar um pouco mais sobre isso...?
Olhem só... quando reduzimos a ingestão calórica em 500 kcal / dia devem podemos conseguir uma perda ponderal de 0,45 a 0,9 kg em 1 semana.
No entanto, realmente, como apontado pela nossa leitora, as dietas com elevado teor de proteínas e baixo teor de carboidratos geram perdas ponderais mais rápidas, em cerca de 2 a 3 kg na primeira semana!
Que "milagre" é esse??

Esta perda de peso adicional não é devido somente ao fato das alterações metabólicas que ocorrem para o organismo contornar os baixos níveis de carboidratos ingeridos.

Essa perda de peso é atribuída principalmente ao aumento da diurese induzida por este tipo de dieta.
Quando restringimos a ingestão de carboidratos, dois processos metabólicos ocorrem, os quais, simultaneamente, podem reduzir o conteúdo de água corporal total.
O primeiro processo é a mobilização dos estoques de glicogênio do fígado e músculos. Cada grama de glicogênio que é mobilizada leva consigo aproximadamente 2 g de água.
O fígado armazena aproximadamente 100 g de glicogênio, enquanto que o músculo possui cerca de 400 g de glicogénio. Desta forma, a mobilização destes estoques de glicogênio resultam em uma perda de peso bastante importante.
O segundo processo é o que falei no começo deste post, é a respeito da geração de corpos cetônicos. Os corpos cetônicos produzidos são filtrados pelo rim e sua presença lá aumenta a entrada de sódio, e, como o sódio leva junto consigo a água, daí vem mais uma contribuição grande para o aumento da diurese e para a perda de peso.
Ou seja, essa perda de peso é sim mais intensa, porém à custa de água... de processos de desidratação!
E por último, mas não menos importante, os estudos revelam que dietas com elevado teor de proteína e pobres em carboidratos podem gerar perda de peso rápida, porém se um dia a pessoa que faz esse tipo de dieta voltar a comer carboidratos, o organismo dela tende a transformar grande parte deste carboidrato consumido em gordura como se fosse um mecanismo de defesa para se prevenir caso venham novos episódios de “carência” de carboidratos.
Desta forma, as pessoas que interrompem a dieta e passam a consumir carboidratos podem ganhar peso com muito mais facilidade e rapidez do que antes!
A minha pergunta é: Será que isso tudo vale a pena???
Se privar do prazer de comer os alimentos que contem carboidratos, dos nutrientes contidos nesses alimentos, gerar possíveis carências de vitaminas e minerais, aumentar chances de desidratação, arriscar sua saúde através do aumento do risco para o surgimento de doenças crônicas......... enfim, será que é dessa forma que se alcança qualidade de vida e saúde?
Gente, PESO CORPORAL NÃO É TUDO! É CONSEQUÊNCIA de bons hábitos alimentares o que, por sua vez, contemplam toda a variedade de alimentos que existem!

Por isso, se você quer emagrecer, REEDUQUE-SE!
Procure um nutricionista e vá em busca de sua saúde... com certeza a perda de peso virá como um “brinde” que você vai ganhar por oferecer ao seu corpo tudo o que ele necessita de forma adequada!
Seu corpo responde aos cuidados que você presta a ele, sejam eles bons ou ruins...!
A natureza é muito sábia... não existiria tanta diversidade de alimentos e nutrientes se nosso corpo precisasse somente de carne...! É por isso que a alimentação diversificada e a reeducação alimentar geram os melhores resultados de emagrecimento, afinal eles contemplam não só aspectos metabólicos, mas também vislumbram toda a capacidade de nutrientes que nosso organismo necessita, gerando beneficios indiscutiveis em nossa saude e em nossa qualidade de vida!
Esta é a dica de hoje: restringir a alimentação não é sinônimo de se alimentar bem!
 
Quer ajuda para se alimentar bem? Procure um Nutricionista!
 
Referências utilizadas:
Lagiou P, Sandin S, Lof M, Trichopolous D, Adami H-O, Weiderpass E. Low carbohydrate-high protein diet and incidence of cardiovascular diseases in Swedish women: prospective cohort study. BMJ. 2012;344:e4026.
Foo SY, Heller ER, Wykrzykowska J, Sullivan CJ, Manning-Tobin JJ, Moore KJ, et al. Vascular effects of a low-carbohydrate high-protein diet. Proc Natl Acad Sci U S A 2009;106:15418-23.
 
Lagiou P, Sandin S, Weiderpass E, Lagiou A, Mucci L, Trichopoulos D, et al. Low carbohydrate-high protein diet and mortality in a cohort of Swedish women. J Intern Med2007;261:366-74.
Trichopoulou A, Psaltopoulou T, Orfanos P, Hsieh CC, Trichopoulos D. Low-carbohydrate-high-protein diet and long-term survival in a general population cohort. Eur J Clin Nutr2007;61:575-81.
Daniels J. Fad diets: slim on good nutrition. Nursing. 2004 Dec;34(12):22-3.
Yang MU, Van Itallie TB. Composition of weight lost during short-term weight reduction. Metabolic responses of obese subjects to starvation and low-calorie ketogenic and nonketogenic diets. J Clin Invest 1976; 58:722–730.
Rickman F, Mitchell N. Changes in serum cholesterol during the Stillman diet. JAMA 1974;228:54–58.

 
 
 
 

 

 
 

 

sábado, 8 de junho de 2013

Conversando um pouco sobre as dietas restritivas...

Alguns leitores me enviaram perguntas a respeito das dietas sem gluten, sem leite, sem carboidrato, enfim, "dietas da moda"... hoje vou expressar um pouco da minha opinião a respeito.
 
 
 
Primeiramente...
A real necessidade de uma pessoa realizar uma alimentação livre de glúten é o fato desta possuir doença celíaca ou sensibilidade à esta proteína. Da mesma forma, uma pessoa só precisa evitar o consumo de produtos lácteos, caso tenha alergia à proteína do leite ou se tiver intolerância à lactose. E isso vale para qualquer alimento e condição de saúde específica.
 
De qualquer forma, em todos os casos, deve-se falar com seu médico sobre sua condição e buscar um nutricionista para ajudá-lo com o diagnóstico e o tratamento destas situações de forma adequada.
 
Contudo...
 
Se uma pessoa não tem nenhuma destas condições, ela NÃO precisa evitar estes grupos alimentares.
 
Falando abertamente...
... Se você está olhando para uma dieta que te recomenda evitar esses alimentos e tirá-los por completo da sua alimentação, você está provavelmente olhando para outra dieta da moda com grandes chances de estar perdendo o seu tempo.
 
As "dietas da moda"  geralmente exigem que você evite ou até mesmo retire por completo grupos de alimentos específicos, como carboidratos, grãos ou produtos lácteos. Essas dietas também podem alegar que determinados alimentos que contêm certos componentes como o glúten são ruins para nosso organismo.
Entretanto...
 
Essas dietas geralmente NÃO são baseadas em estudos credíveis para a perda de peso ou para outra alegação de saúde, mas eles podem tentar te convencer a respeito disso de várias formas muito atrativas com lindas promessas atreladas...
Por isso eu acho que “perder” alguns minutos para revisar as fontes de pesquisa que embasam essas dietas pode ser muito importante para você entender o porque estou falando tudo isso.
 
A maioria das "dietas da moda" vão e vêm rapidamente, principalmente pelo fato delas serem difíceis de seguir a longo prazo e não contribuírem de forma efetiva na perda ou manutenção do peso corporal ou não cumprirem com as milhares de promessas que fazem...
 
Por isso eu acredito na literatura cientifica, com estudos fidedignos que realmente comparam, investigam, acompanham e demonstram os efeitos de uma alimentação a longo prazo e todos os seus aspectos intrínsecos.
E esta literatura me mostra de forma muito contundente que a melhor alimentação que existe é aquela capaz de fornecer a nosso corpo todos os nutrientes que precisamos de forma adequada, equilibrada e variada!
 
Isso só é possível quando comemos variados tipos de alimentos e, para isso, contamos com a ingestão de frutas, legumes, grãos, cereais, laticínios e também os óleos e gorduras...!
 
Nesse contexto é importante observar a quantidade, o tamanho das porções, a qualidade dos alimentos consumidos e manter uma alimentação que permita alcançar um peso saudável e com benefícios à saúde, proporcionando qualidade de vida!
 
Deixo agora um trecho do artigo “Da dieta à reeducação alimentar: algumas notas sobre o comer contemporâneo a partir dos programas de emagrecimento na Internet” para a gente refletir juntos sobre os conceitos que estamos criando ou simplesmente adquirindo na atualidade a respeito de nossa alimentação.
“Quando você entra em regime alimentar, há sempre a implicação de que, cedo ou tarde, irá terminá-lo. Se você fizer isso, pode ter certeza que sua gordura vai voltar, e geralmente uns quilinhos a mais de bônus. É claro que regimes são extremamente chatos e não se adequam ao dia-a-dia. Ao invés de tentar um regime severo e chato por toda a vida, que tal mudar seus hábitos alimentares e dar início a Reeducação Alimentar?
 
[...] as imprudentes dietas ditadas pela moda falham quase sempre. Por isso, emagrecer de uma maneira natural é a melhor e mais segura alternativa hoje. Desde as dietas de elevado teor de proteínas, as de baixo teor de gorduras, das dietas das fibras ou de um só alimento até combinações estranhas e refeições de leite batido. As pessoas que querem perder peso seguem uma multiplicidade de conselhos confusos. Na maior parte dos casos esses conselhos são inofensivos - muitos são tão impraticáveis ou anti-sociais que ninguém consegue segui-los por muito tempo -, mas, em alguns casos, podem ser perigosos para a saúde ou até levar a pessoa a aumentar o peso. Felizmente, emagrecer não implica seguir as dietas da moda ou padrões absurdos de alimentação. Com uma alimentação equilibrada de alimentos naturais, pobres em gorduras e açúcar, a maior parte das pessoas consegue perder peso com segurança e de maneira simples, estabelecendo padrões saudáveis de alimentação para a vida inteira. Nos casos de algumas pessoas, a mudança para uma alimentação de baixo teor de gorduras e açúcar obriga apenas a pequenos ajustes em seus hábitos alimentares. Para outras, significa uma mudança radical permanente. Pode ser necessário algum tempo para que a pessoa se habitue às mudanças, mas os efeitos em termos de saúde, o aumento de vitalidade e a perda de peso constituem um poderoso incentivo para insistir, mesmo que ocorram deslizes ocasionais.
 
Nossa intenção é lhe convencer de que para emagrecer você deve mudar seus hábitos alimentares através da reeducação e esquecer a palavra DIETA [...].”
 
 
 
 

 
Referências utilizadas:

Academy of Nutrition and Dietetics. Position of the Academy of Nutrition and Dietetics: Total Diet Approach to Healthy Eating. J Acad Nutr Diet. 2013;113:307-317.
 
Ligia Amparo da Silva Santos. Da dieta à reeducação alimentar: algumas notas sobre o comer contemporâneo a partir dos programas de emagrecimento na Internet. Physis vol.20 no.2 Rio de Janeiro  2010
 
Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO). Disponível em <www.abeso.org.br/>