domingo, 7 de abril de 2013

O efeito do consumo acentuado de carnes processadas

Historicamente a carne processada, como por exemplo a linguiça, o bacon, a salsicha, o presunto, a mortadela, dentre outros, têm sido associada a um risco significativamente maior de desenvolver diabetes tipo 2 e doença cardíaca.
Pesquisas anteriores também revelaram que o consumo de carne processada tem sido relacionado a um maior risco de câncer de pâncreas, bem como a um elevado risco de desenvolvimento de câncer colorretal. Nestas pesquisas identificaram também que aqueles que consumiam mais carne branca tinham um risco ligeiramente menor desenvolver câncer ou de morte prematura.
A novidade é que foi realizado um grande estudo em 23 centros em 10 países europeus, incluindo mais de 500 mil participantes, mostrando uma dieta muito heterogênea, nos dando a capacidade de examinar a relação entre o consumo de carne e o risco de mortalidade.
E, de acordo com este novo estudo, as carne processadas estão relacionadas ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares e câncer.
Vários outros aspectos da alimentação foram observados também...
Este grupo de pesquisadores percebeu que uma alimentação rica em carne processada foi associada com outras escolhas alimentares pouco saudáveis.
Além disso, os participantes que consumiam uma menor quantidade de frutas e legumes fumavam mais e os homens que tinham uma alimentação rica em carnes foram mais propensos a ingerir quantidades maiores de bebidas alcoólicas.
Algo mais interessante ainda, foi que um consumo exagerado de carne foi associado com aumento da mortalidade, mesmo quando fatores de estilo de vida foram levadas em conta!
Os resultados das análises deste estudo sugerem que os homens e mulheres com um elevado consumo de carne processada possuem um maior risco de morte prematura, particularmente devido à doenças cardiovasculares e ao câncer.
Através de análises estatísticas, o grupo de pesquisadores afirma que se houvesse a redução do consumo de carne processada para menos do que 20 g / dia, cerca de mais de 3% de todas as mortes poderiam ser evitadas.
Como o consumo de carne processada é um fator de risco modificável, atividades de promoção da saúde podem incluir recomendações específicas sobre a redução do consumo de carne processada na alimentação diária.
Devemos perceber, portanto, que a principal implicação deste estudo é a MODERAÇÃO! Mais uma vez discutimos sobre isso... nada em exagero faz bem ao nosso organismo! Por isso fica o conselho de que tenhamos moderação e equilíbrio para com a nossa alimentação diária... com uma alimentação equilibrada o organismo também responde com equilíbrio!

Referências Bibliográficas:
Sinha R, Cross AJ, Graubard BI, Leitzmann MF, Schatzkin A. Meat intake and mortality: a prospective study of over half a million people. Arch Intern Med 2009, 169:562-571.

Rohrmann S, Overvad K, Bueno-de-Mesquita HB, Jakobsen MU, Egeberg R, Tjonneland A, et. al. Meat consumption and mortality - results from the European Prospective Investigation into Cancer and Nutrition. BMC Medicine 2013, 11:63.

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