segunda-feira, 20 de maio de 2013

Falando sobre radicais livres e antioxidantes...

O que são antioxidantes? Como o próprio nome diz, os antioxidantes são substâncias que são capazes de neutralizar os efeitos nocivos, mas normais, do processo fisiológico de oxidação no tecido animal.
Os antioxidantes podem ser nutrientes (vitaminas e minerais), bem como enzimas (proteínas no seu corpo que ajudam nas reações químicas).
Acredita-se que desempenham um papel importante na prevenção do desenvolvimento de doenças crônicas tais como o câncer, a doença cardíaca, o acidente vascular cerebral, a doença de Alzheimer, a artrite reumatóide e cataratas.
O estresse oxidativo ocorre quando a produção de moléculas prejudiciais chamadas radicais livres está além da capacidade de proteção das defesas antioxidantes.
 
 

 
 
Os radicais livres são átomos quimicamente ativos ou fragmentos moleculares que possuem uma carga devido a um excesso ou deficiência de eletróns.
Os radicais livres contendo oxigênio, chamados de espécies reativas de oxigênio (ROS), são os radicais livres biologicamente mais conhecidos.
Por possuírem um ou mais eletrons não emparelhados, os radicais livres são altamente instáveis! Eles percorrem o nosso corpo para pegar ou doar elétrons para as células, danificando as proteínas e o DNA (material genético) delas.
 
 
 
 


 
O mesmo processo oxidativo é o responsável pelo aspecto rançoso de óleos; pelo fato de maçãs descascadas ficarem com a coloração marrom; pela ferrugem no ferro, dentre várias outras coisas que acontecem no nosso cotidiano...
É impossível evitarmos os danos causados ​​pelos radicais livres. Os radicais livres surgem de fontes tanto de dentro (endógenos) quanto de fora (exógenos) do nosso corpos.
Os oxidantes endógenos, que se desenvolvem a partir de processos biológicos de dentro do  nosso corpo, são produzidos através da nossa própria respiração, do nosso metabolismo, da inflamação...  Já os radicais livres exógenos são formados a partir de fatores ambientais como a poluição, a radiação solar, o fumo e o álcool.
Os antioxidantes bloqueiam o processo de oxidação neutralizando os radicais livres. Ao fazer isso, os antioxidantes tornam-se oxidados. É por isso que há uma necessidade constante de repor os nossos recursos antioxidantes... é um ciclo que ocorre continuamente e naturalmente dentro de nós...
 
 
Confira a figura abaixo...
 
 
 
Nossos sistemas antioxidantes que agem contra esses radicais não são perfeitos, assim conforme vamos envelhecendo partes de células danificadas pela oxidação podem se acumular...
Neste cenário todo, os antioxidantes vindos da nossa alimentação parecem ser de grande importância no controle dos danos causados por radicais livres.
 
Cada nutriente é único em termos de sua estrutura e função antioxidante!
 
Existe uma variedade muito grande de nutrientes antioxidantes, vou falar aqui um pouquinho de alguns deles......

A vitamina E é solúvel em gordura e por isso possui uma posição única para proteger as membranas celulares (que são em grande parte compostas de ácidos graxos) dos danos causados ​​pelos radicais livres. O alfa-tocoferol também protege as gorduras que ficam armazenadas em lipoproteínas de baixa densidade (LDL ou colesterol "ruim") dos processos de oxidação. A vitamina E é encontrada em óleos vegetais, nozes, amendoim, amêndoas, sementes, azeitonas, abacate, gérmen de trigo...
A vitamina C, também conhecida como ácido ascórbico, é uma vitamina solúvel em água. Como tal, elimina os radicais livres que estão em um meio aquoso (líquido), como aquele que existe dentro de nossas células. A vitamina C funciona sinergicamente com a vitamina E para eliminar os radicais livres, pois ela também regenera a forma reduzida da vitamina E. Boas fontes de vitamina C são as frutas cítricas, como abacaxi, acerola, laranja, limão, tangerina, kiwi, além de outros alimentos como o brócolis, o pimentão, o tomate...
A vitamina A (principalmente o betacaroteno), também é uma vitamina solúvel em água é muito estudada como um nutriente potente em  eliminar o oxigénio atômico (uma forma energizada, mas sem carga de oxigênio, que é tóxica para as células). As fontes comuns de beta-caroteno incluem melão, manga, mamão, abóbora, espinafre, couve, abóbora, etc...
O selênio é um mineral que precisamos consumir em pequenas quantidades, mas sem o qual não poderíamos sobreviver. Ele forma o centro ativo de várias enzimas antioxidantes incluindo a glutationa peroxidase. Assim como o selênio, os minerais manganês e zinco são microelementos que formam uma parte essencial de várias enzimas antioxidantes. Podemos encontrar o selênio em frutos do mar, em castanhas, em grãos integrais...
Como falamos no começo deste post, várias doenças têm sido diretamente relacionadas com os danos oxidativos. O dano oxidativo gerado pelos radicais livres pode conduzir a inativação de enzimas, a mutações, rupturas de membrana celular, maior aterogenicidade de lipoproteínas de baixa densidade (LDL), a disfunção mitocondrial e à morte celular.
 
Estes são efeitos tóxicos do oxigénio (originados pelas ROS) e estão implicados no envelhecimento e no desenvolvimento de doenças inflamatórias crônicas, degenerativas e relacionadas com a idade.
 




Na tentativa de neutralizar os danos do estresse oxidativo e prevenir doenças, a alimentação com antioxidantes, provenientes de fontes naturais, está se tornando cada vez mais convincente. As quantidades que precisamos desses micronutrientes podem ser atingidas através de uma alimentação variada e equilibrada... Já sabemos que além da capacidade antioxidante, comer frutas, grãos, verduras e legumes possui uma infinidade de beneficios por conta dos diversos nutrientes que contêm que são essenciais para nossa qualidade de vida e saúde!
Faça da sua alimentação a sua fórmula para se manter bem consigo mesmo e com saúde!!

 
Referências utilizadas:
Evans P, Halliwell B. Micronutrients: oxidant/antioxidant status. Br J Nutr 2001;85 (Suppl 2):S67-S74.
Iris F.F. Benzie. Evolution of dietary antioxidants . Comparative Biochemistry and Physiology Part A 136 (2003) 113–126.
 

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